sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cotas Raciais, Pobrismo e Expiações

"O Dia da Consciência Negra contribuiu para que eu tivesse a iniciativa de colocar essa matéria em pauta."
Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara, (PT-SP)

Sim, estamos em plena emenda de feriado e estou aqui, ao lado de vocês, atormentando e tentando transformar vosso feriado em um verdadeiro inferno. A notícia, como lêem no título, é bastante indigesta. Será que estou ficando louco ou de fato foi aprovada, na Câmara dos Deputados, na calada da noite do dia da "Consciência Negra", a lei que destina 50% das vagas em universidades e escolas técnicas para estudantes oriundos de escolas públicas e para aqueles que se declararem negros, pardos ou índios?

Poucos atinaram para o absurdo, mas basta ler os parágrafos da lei para ter uma idéia assombrosa de um futuro para o Grande Bananão. Não vivemos um presente lá muito alentador, mas, percebam que as coisas vão piorar. E muito.

Entendo perfeitamente que a saída mais fácil, no caso de escolas públicas ineficientes, como acontece atualmente, seja simplesmente disponibilizar mais vagas aos estudantes dessas instituições reconhecidamente ruins. Eu mesmo, se fosse político, votaria a favor da lei. De quebra, conseguiria mais 4 anos para mamar à vontade às custas do contribuinte.

Sabemos, brincadeiras à parte, que as coisas não podem tomar esse rumo. Primeiro, por tratar-se de uma medida puramente populista. Segundo, porque não é preciso ter Q.I. de três dígitos, como é o meu caso, para compreender que haverá uma sensível piora no ensino das universidades públicas.

Os hipócritas de plantão logo levantam a voz para citar a importância da inclusão dos pobres e excluídos na universidade. O pior é que utilizam como argumentação a velha máxima da "reparação histórica". Quando ouço essa expressão, confesso: sinto uma comichão. Como se, para corrigir um erro do passado, precisássemos destruir o que fora construído com tamanho esforço ao longo do tempo.

Reparem o quão fundo o país chega ao longo dos anos cujo mandatário é Lula. Transformamos, por pura omissão, o Grande Bananão no maior bolsão de miséria abaixo da linha do Equador.

Que essa lei insana não seja aprovada, de forma alguma, pelos digníssimos senadores da república, já que o início da vigência depende da aprovação da lei no senado federal.

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