quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Série Perfis - Eu trabalho com o Ric Maromba

Caros amigos, não é esculhambação pura de minha parte. Poderia até ser, mas o apelido que vai acima, no título, Ric Maromba, é de um "colega" de trabalho. Muitos podem se questionar qual mal teria uma pessoa com tal alcunha. Vos digo: Nenhum mal, exceto pelos expedientes do dito cujo.

Como perceberão à medida que os posts se aprofundarem, me considero um antropólogo urbano, um estudioso da natureza humana em suas especificidades. Sou um voyeur, mas não no sentido sexual, apesar de não negar a via sexual se questionado. Gosto de observar a selva e os macacos que me cercam. Se precisasse preencher alguma ficha com meus gostos pessoais, hobbies e afins, escreveria, sem dúvida alguma, que meu esporte preferido é "observar". O Brasil, como devem perceber, é terreno fértil para a proliferação de seres que bem poderiam comer grama e andar de quatro pelos pastos. Mundo bovino o nosso.

O tal Ric Maromba é um analista de sistemas do meu trabalho. Sua função prática, e não no papel ou no RH, é de "peidar". Isso mesmo, meus caros. De 5 em 5 minutos, aproximadamente, ele "peida". Como num moto-contínuo, Ric peida e todos levantam de seus lugares para não precisarem sentir os odores do seu corpo. Ric adora academias, bombas, fio terra, companhias masculinas e revistas sobre halterofilismo, além de sexo sem proteção com anãs que, segundo Ric, transam melhor e são mais fáceis de manipular (no sentido físico da coisa). Ric é o retrato do mundo atual, de preocupação exacerbada com a estética física. Eu chamo de "o mundo dos cuca-lelé".

Muitos acham graça na burrice e truculência de Ric Maromba. Acham divertido o seu modo esquisito de andar, como se tivesse descido há pouco de seu cavalo branco. Não lhe dou muita bola. Seguindo as recomendações do circo (maldita memória afetiva, Circo de Moscou, 1985), evito alimentar os animais. Alguns me acham cruel, por me aproveitar da burrice congênita de Ric Maromba para conseguir coisas que preciso. Em alguns casos, simplesmente o humilho. Aliás, faço questão disso. Sou um amoral, admito. Penso nele como o Pink, daquele desenho animado bem ajambrado. Eu sou o cérebro.

Certa vez, por recomendação minha (eu e minha mania de manipulá-lo), queimou um mendigo na Major Sertório, a poucos metros de um posto policial. Ric bradava, feito um visigodo descontrolado: "Burn, baby, burn!". O pior foi ter feito isso empunhando uma lata de Inseticida Raid e fósforo. Resultado: Preso, currado na delegacia (16 pontos no rabo, incluindo a prega rainha, 4 semanas sem sentar) e solto em seguida.

Ric Maromba escolheu bíceps e quadríceps durante sua existência e preteriu as sinapses cerebrais e o desenvolvimento cognitivo. Simples assim. A vida irá lhe cobrar um preço, cedo ou tarde.

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