domingo, 16 de novembro de 2008

Obama e a imprensa

Incrível, mas Obama se tornou a minha obsessão. Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo são obcecados por Lula, o Apedeuta, enquanto eu sou obcecado pelo Obama, o bronzeado*. Na realidade, enquanto o mundo comenta e o trata como super-herói, prefiro enxergá-lo como uma farsa. Uma enorme farsa. Se o mundo inteiro sorri e chora de esperança com sua chegada ao poder, imaginando tudo o quanto será capaz de fazer à frente do governo estadunidense, me coloco em postura defensiva, entendendo que Obama é um ser humano como qualquer outro, e conseguirá resolver os problemas americanos, e do mundo, da mesma forma como Lula conseguiu transformar o Brasil em uma super potência.

É o mesmo tipo de esperança ignorante, desmiolada e subnutrida que alguns nutriram em 2002, aqui no Bananão, com a chegada da classe operária ao poder, representada por seu membro mais maroto: Luis Inácio Lula da Silva. Muitos imaginaram uma série de mudanças (me excluam desse grupo, claro, pois sou um pequeno burguês), e, no entanto, 6 anos depois, o que se vê é estagnação completa e irrestrita. O que evoluiu, a bem dizer, foram os bolsismos aqui e acolá, desvirtuados completamente das idéias originais provenientes do projeto Renda de Cidadania (criado brilhantemente por Suplicy em seus estudos de doutorado).

O Brasil não interessa nesse post específico. O que quero é elencar, em poucas linhas, e poucas palavras, alguns dados omitidos pela imprensa americana durante a cobertura das eleições desse ano:

• O fato de Obama ter utilizado financiamento privado de campanha, e não público, como alegou que usaria durante as prévias do partido democrata;

• De onde surgiram os 600 milhões de dólares que financiaram a campanha de Obama;

• O fato de Obama ter se envolvido com drogas pesadas na adolescência e início da vida adulta. O povo americano médio deveria ter sido informado;

• Os negócios escusos de Obama junto a Anthony Rezko, o homem que construiu sua imagem e que, durante a campanha, foi condenado criminalmente. Nesse ponto, as negociatas de ambos lembram bastante as relações de Lula com seu compadre Roberto Teixeira, aquele que lhe forneceu casa, comida e roupa lavada por 10 anos;

• Obama é corno, e, o pior, é que é assumido.

Logo, logo, nosso mundo acordará dessa histeria coletiva, e eu estarei por perto para lembrá-los, australianos, franceses, italianos, americanos, brasileiros e guatemaltecos, em tom professoral: "Eu já sabia, meus caros, eu já sabia!"

5 comentários:

Sarra, o Coisa Ruim. disse...

Ô amigo conte uma de português que é mais útil do que esse comentário. Você não sabe de nada, mal lê em inglês, e o que diz é o que viu gente grande dizer aqui e acolá. Fale ao menos dos ladrões nacionais, ou melhor não fale nada.

Maurílio, o desterrado. disse...

Olha, cara, a gente tá acostumado com o Brasil, onde há oposição. Na gringolândia rola um bipartidarismo com diferenças muuuito sutis. Acho que as pessoas levaram muito a sério a campanha do cara, que falou em mudança. Os Estados Unidos mudam pra continuar a mesma coisa. Também rolou a confusão gerada pelo fato dele ser negro. Ser negro e anti-racista não quer dizer ser de esquerda. Acho que vai ser um pouco melhor pro mundo: menos belicismo, menos paranóia com o terrorismo, menos apoio a Israel (só um pouco menos) e só.

Ricardo Coração de Leão disse...

Apenas apontando erros na trajetória obamaniana, já que ninguém o faz. Não esquentem, vou desacelerar.

Ah, quanto à minha fonte, não posso revelar, mas posso dizer que vem da Inglaterra.

Amplexos.

Sarra, o Coisa Ruim. disse...

Ricpédia você fala mal do cara por que ele é negro, mas a irmã dele você bem que comeria. E é proibido falar de judeus nesse brog.

Ricardo Coração de Leão disse...

Ah, o politicamente correto. Falo dele em minutos. Me espere.